domingo, 19 de outubro de 2014





Carlos Drummond de Andrade nasceu em Minas Gerais,na cidade de Itabira,ele estudou em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo Rio de Janeiro.Carlos e formado em farmácia,e fundou com outros escritores "A Revista",para divulgar o modernismo em Minas.
No ano de 1925,Carlos se casou com Dolores Dutra de Morais,com quem teve dois filhos,Carlos Filho e Maria Julieta,uns de seus filhos só viveu meia hora,e foi a ele que Carlos Drummond dedicou uns dos seus poemas,que se chama "O que viveu meia hora".
Em 1930 Carlos publicou a sua primeira obra poética "Algumas Poesia" e o ano de 1934 "Brejo das almas" foi publicada, em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário.Nos anos que Drummond viveu escreveu muitas poesias,algumas antologia,poesias infantis e prosa.
Carlos Drummond morreu no Rio de Janeiro,no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única,a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.



Poemas De Carlos Drummond de Andrade 

A PALAVRA

Já não quero dicionários
consultados em vão.
Quero só a palavra
que nunca estará neles
nem se pode inventar.
Que resumiria o mundo
e o substituiria.
Mais sol do que o sol,
dentro da qual vivêssemos
todos em comunhão,
mudos,
saboreando-a.

  
Comentário
Esse poema foi escolhido porque,ele faz um poema sobre o que uma palavra para descrever o mundo e o que poderia substituir aquele mundo,e também ele queria que todas as pessoas vivessem em todos em paz e saboreando a vida.

Sentimento do mundo

 

Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.


Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.

Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.

Comentário :
Eu escolhi o poema porque ele faz uma critica com os sentimentos das pessoas do mundo,como elas trataram os escravos,fazem guerra por qualquer coisa e que muitas pessoas esta no céu cheio de sangue.

Mãos dadas


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Comentário :
Esse poema foi escolhido por causa,que mostra o que ele quer para o seu futuro,que os companheiros deles estão todos casados e as mulheres deles estão prendendo eles,e ele não que isso para ele,e fala sobre os homens presentes que cada um tem a sua própria vida.



                                                                                                                Iran Andre

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